Instalação de aplicativo ou reinstalação? Como entender esse fenômeno?

De acordo com o Tune, os aplicativos têm uma média de 42% de reinstalações, quase metade de seus downloads totais. Em alguns casos, dependendo da categoria, esse número pode ultrapassar as instalações, chegando a 75%.

Mas por que instalar um aplicativo, apagar e reinstalá-lo? Essa pergunta é mais complexa do que parece, mas a resposta faz todo sentido. Antes disso, precisamos entender um pouco do comportamento do usuário.

Quais fatores devem ser analisados?

Existem diversos motivos pelos quais os usuários passam por esse ciclo de baixar um aplicativo, usá-lo (ou não) e desistir. Depois de um tempo, efetuar o download de novo. No mínimo curioso, não é?

Primeiro de tudo, é necessário entender o que o usuário fez no seu aplicativo quando usou, quantos deles excluíram, reinstalaram e, mais que isso, o que os fizeram entrar na app store e procurar o app novamente.

Todas essas perguntas podem ser respondidas inicialmente com números, mas antes de entendê-los, vamos falar da importância de uma reinstalação.

Esse “fenômeno” não acontece à toa

As reinstalações não acontecem de forma aleatória. Aquele usuário já conhece o seu aplicativo e quer usá-lo novamente. E, depois do download, com o decorrer das horas e dos dias, essa pessoa estará ativa no app.

É uma ótima oportunidade para impactar o usuário e tentar fazer com que ele mantenha o seu aplicativo no celular. Assim, você o transformará em um cliente, e não em um usuário que aparece casualmente.

Aplicativos casuais

Alguns aplicativos precisam se identificar quanto às suas categorias e funcionalidades. Existem alguns apps que naturalmente são casuais, aqueles que os usuários baixam quando veem necessidade e depois excluem porque “perdem” sua funcionalidade temporariamente.

Entretanto, quando é preciso, o download é feito novamente. Por exemplo, aplicativos de cotação de dólar e preço de passagens. Durante o planejamento de uma viagem, eles são fundamentais, mas fora isso, não é de interesse direto de grande parte dos usuários.

Isso não significa que ele seja ruim, apenas que suas funções são úteis para um certo grupo em determinada época de sua vida. Esse tipo de aplicativo são os que mais recebem reinstalações.

Para esse tipo de app, é legal trabalhar com o engajamento e verificar, por exemplo, como o processo de ASO está sendo usado. Talvez testar tipos de localização e palavras-chave podem dar mais visibilidade.

Sobre os números

Sabe aqueles números que falamos ali em cima? Então, toda ação relacionada ao seu aplicativo, seja a visualização na app store, horas de uso do app, número de downloads, número de exclusões, tudo isso pode ser um indicador sobre o seu usuário em potencial.

Se você identificar que o seu app seja casual para determinados grupos ou perceber uma ação intensa de downloads no seu app e uso constante no mesmo momento, é interessante estudar estratégias de retenção para não deixar aquele usuário ir embora.

Observe quais datas do ano a taxa de downloads e uso do seu app aumentam. Se usarmos o exemplo do aplicativo de preços de passagens, nas festas de fim de ano e férias esse app provavelmente terá ascensão, então, essa é a hora de apostar em estratégias sazonais.

Vamos a alguns números sobre reinstalação de acordo com o site Tune:

  • 18% dos usuários excluem o aplicativo por conta de bugs e erros, baixando-o novamente para melhorar seu desempenho;
  • 72% das reinstalações acontecem por conta de falta de espaço no dispositivo;
  • 47% é o número de reinstalação para iOS, enquanto o Android está com 37%;
  • As reinstalações são mais presentes em celulares mais baratos, seja por conta do espaço ou funcionalidade do aparelho;
  • As reinstalações aumentam 6,6% nas festas de final de ano.  

É possível perceber que o comportamento do usuário é bem variado quando falamos de aplicativos reinstalados. Mas um fato é: um app bem otimizado, que se mantenha atualizado evitando bugs e que tenha funcionalidades interessantes, sempre estarão no mercado.

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